Enigmático, incapaz de revelar o que se esconde atrás daqueles olhos negros, talvez por receio de transpassar a sensibilidade tantas vezes criticada pela sua visão humana, ou melhor, dos fatos a que o cercam. Sendo assim ele é um mistério, e não diferente dos outros, ele deve ser estudado cuidadosamente a ponto de não deixar-lo chateado. Pois ele não tem raiva de ninguém alias parece que nunca teve, ele não conhece este sentimento assim denominado, o que ele tem é ódio o mais perigoso e capaz de fazer os outros se auto penalizarem, às vezes por nem serem culpados. Este sentimento desimpedido é uma das facetas mais naturais desse individuo, mais não é a única.
Parece critica de mais ou demagogias desnecessárias, mais é assim que ele se apresenta pra mim.
-Julia Chaves
Viva a insolência, viva a pandemia, as diferenças igualmente criticadas, os abós de luzes que nos cercam e fazem-nos despencar em mares de depressões e esquecimento, capaz de nos transformar em indivíduos totalmente como queremos ser, mesmos que nem saibamos como queremos. Glórias aos deuses dos sentidos, do ato de defesa e da vingança, palmas aos profetas queimados ou deixados a morrer pela sua ignorância. Fogos anunciam o novo mundo, um espelho do antigo, porém mascarado por meias verdades. Sendo assim só nos resta serem conduzidos por esta musica infernal ate que não possamos mais identificar nossos verdadeiros atos, nosso verdadeiro rosto, nossa verdadeira vida.
Cântigos anunciam a escuridão,
Não tenha medo, os olhos de mercúrio vão nos guiar
Rios de desejos banham nossas carnes, nos tornando iguais a que éramos
Insolência das nações amigas
Mentiras conduziram este episodio
Imaginação não mais existira
Apenas as lembranças de quem nunca soube como era
Vermelho e branco caminham nas avenidas
Vermelho e branco caminham nas avenidas
A escuridão estar chegando, os olhos de mercúrio vão nos guiar
O que podemos esperar?
Isto não posso responder!
Porem sei que não quero esperar
Não quero esperar que me tornem um louco desvairado fingindo ser um intelectual incompreendido e conhecido pelas boemias que futuramente seriam inspirações a novos serem tão hipócritas quanto a quem admiram.
Não posso esperar que pelo fato de botar os pés no chão e caminhar nas trilhas marcadas por este regime, devemos ser considerados vendidos ou controlados, incapaz de controlar seu próprio corpo, apenas por que seres desvairados soltam palavras que nem eles acreditam, apenas para nos criticar.
Não quero esperar que falsas amizades forjadas na angustia e na pressão da aceitação e mascaradas por turbilhões de novas emoções deveram ser pilastras de qualquer decisão, e que estes “amigos” persistam em nossas atitudes, mesmos que os mesmos não fizerem mais partes de nossos interesses.
Contudo, não vou esperar que palavras novamente me agridam e me deixem nem por uma fração de segundo inferior a alguém, não importando a quem elas pertençam e nem em que circunstâncias elas sejam profanadas. Mesmos que isso derrube o que muito tempo parecia ser um de meus pilares mais sólidos, não importando as conseqüências que a falta dele deixará.
O que podemos esperar?
Não sei!
Apenas sei que não espero mais você.
-Leandro Ramos