segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Igreja da Sé - Belém

Bom depois de algum tempo afastado resolvi continuar postando, para começa a serie que prometi escolhi a principal e mais bela igreja de nossa região a Sé de Belém.


IGREJA DA SÉ
Primeira igreja de Belém. Foi construída provisoriamente dentro do Forte do Presépio, já dedicada à Nossa Senhora das Graças.Em 1619, por causa da reconstrução do forte, foi transferida para o atual Largo da Sé, numa construção precária. Cem anos depois, ao sediar a recém-criada Diocese do Pará, ganha direito e honras de sé episcopal.
Em 1721 o rei dom João V ordenou a construção de uma catedral, recomendando que fosse monumental. O autor da planta da igreja é desconhecido.
Durante a construção da catedral, o bispado funcionou na primitiva Capela de São João Batista. As obras da catedral foram paralisadas de 1761 a 1766, diante de ameaça de insegurança na estrutura das paredes para receber a abóbada.
Antônio José Landi tem seu nome ligado à catedral na segunda fase da construção. Quando ele chegou na cidade em 1751, a igreja já estava construída até a altura da cimalha maior. Vieram prontas de Lisboa as três portadas de acesso, uma principal e duas laterais, assim como as molduras das três janelas centrais em pedra de lioz e em estilo pombalino














Todo o arremate superior é atribuído a Landi : duas torres, dois pináculos e o coroamento central. No frontão do coroamento central o arquiteto reproduz a forma de curvas e contracurvas do frontão da portada portuguesa. No nicho do coroamento existe hoje a imagem da Nossa Senhora de Belém.
A fachada apresenta elementos arquitetônicos freqüentemente usados nas obras de Landi: obeliscos, curvas e contracurvas, molduras, medalhões, óculos, vasos com fogaréus e cobertura das cúpulas, imitando lajes em forma de escamas.
A construção da Sé durou 26 anos e a igreja recebeu a visita do imperador dom Pedro II, em 1876.
Em 1882, o interior da igreja sofre uma reforma radical, ordenada pelo bispo dom Antônio de Macedo Costa. Substituiu-se a maioria dos revestimentos originais e construiu-se um novo altar-mor, ofertado pelo bispo. Da reforma participaram diversos artistas italianos como o escultor Luca Carmini e o pintor Domenico De Angelis, além de Lottini e Silvério Caporoni.








A intervenção modificou alguns elementos da identidade artística do interior da igreja, com a retirada dos retábulos do altar-mor e dos altares do cruzeiro, a substituição dos púlpitos (os atuais são de ferro) e o acréscimo de candelabros de ferro fundido. No entanto, a fachada do templo não foi desfigurada. A obra terminou em 1892.
A Catedral Metropolitana de Belém foi tombada pelo IPHAN em 1941. No ano passado (2009) ela reabriu as portas apos quatro anos de restauro.


Fonte:
MENDONÇA, Isabel Mayer Godinho. Antonio José Landi (1713-1791): um artista entre dois continentes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003
COIMBRA, Oswaldo. A saga dos primeiros Construtores de Belém. Belém, Impressa Oficial do Estado, 2002
BRAGA, Ana Cristina Lopes. Arquitetura em Belém no século XVIII: As obras de Antonio Landi. 1998. 139 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura). Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, São Carlos, 1998.

Em breve tem mais.